sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Desabafo de uma vida real

 Olá! Sou UM perfil FAKE.

Era uma noite chuvosa e eu me deparei com uma foto de um homem maravilhoso em aplicativo de paquera e bate papo. Então lá fui eu, totalmente confiante e coloquei aquele coração que se popularizou com (meet) na foto daquele homem maravilhoso.
  Começamos a trocar uma ideia muito legal e fomos para o Whatsapp. Logo depois, ele me ligou e nos falamos durante horas ao telefone. Eu logo pensei; “caramba que cara legal!”. Um homem perfeito e tão legal que mais tarde eu  chamaria de fake face.
    Ele veio me falando o quanto era romântico, me contando de suas histórias de relacionamentos passados. Vou confessar pra vocês: Scharlat ficou bem felizinha.
 Mas então, eu comecei a desconfiar das fotos “perfeitas”, dei aquela investigada básica e descobri o inevitável: as fotos eram falsas! Logo me deparei com um conflito em minha mente; confrontar ou bloquear o sujeito?
Então eu acordei pela manhã, logo com um ‘bom dia’ do fake faces, então logo me perguntei se ele queria me contar alguma coisa. Ele primeiramente falou que não, mas eu perguntei mais uma vez e logo ele admitiu. Até agora tudo tranquilo e normal, nada que nunca tenha acontecido no dia a dia de quem tem esses aplicativos online.  
    Minha mente começou a criar várias teorias e porquês diferentes. E eu cheguei final conclusão de que eu também sou uma fake!
Quantas vezes tento parecer ser o que não sou nem de longe?
Quantas vezes aconselhei minhas amigas utilizando a frase “a aparência não importa” sendo que a primeira coisa que eu olhei foi isso.
Quantas vezes tento parecer mais moderna e sem preconceitos? Sendo que, só chamei o fake faces pra conversar, porque ele era de fato um bonitão.
     E vamos falar dos inúmeros efeitos e correções eu faço nas minhas fotos. Será que uma foto passa a ser fake quando a alteramos? Porque a Scharlat das Minhas fotos editadas é bem diferente da Scharlat que está digitando esse texto, ou da Scharlat do dia a dia.
     E quanto ao fato de que enquanto estávamos ao telefone , eu forcei uma voz mais meiga, me fiz de mais inteligente ao telefone e menti em algumas coisas pra parecer mais doce e atraente.
    Quantos homens realmente legais e não tão bonitões assim eu deixei de responder por não achá-los atraente o suficiente. E eu me julgava sem preconceitos... Que ilusão!
      Na hora que o fake faces me revelou a verdade, entre várias coisas que poderiam ser ditas por mim a única coisa que eu conseguia dizer era; “eu entendo você”. Porque na real, eu também sou uma Fake Face.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Tudo bem se...

Um Sincero Tudo bem Se...





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Sinceramente, tudo bem.
Tudo bem se eu nunca for pedida em casamento pelo “homem dos sonhos”.
Tudo bem se eu não conseguir um emprego, perfeito que eu tenha um salário extremamente alto, trabalhe por poucas horas e seja extremamente feliz o tempo que estiver trabalhando.
Tudo bem se eu não tiver o corpo dos sonhos; uma barriga negativa, seios fartos e durinhos, coxas torneadas e um bumbum empinado com o tamanho perfeito.
Tudo bem se meu cabelo se rebelar contra mim ás vezes e então conseguir mantê-lo sempre impecável, como manda o protocolo social.
Tudo bem se eu preferir ficar em casa em pleno sábado à noite, na companhia de um belo balde de pipoca e doces.
Tudo bem se eu não for à garota mais descolada da faculdade.
Tudo bem se eu nunca tirar a carteira de motorista.
Tudo bem se eu não tiver um passaporte todo carimbado antes dos 35 anos.
Tudo bem se sentir só ás vezes.
Tudo bem se eu não comer somente frutas, vegetais e carnes magras.

     Deus do céu demorou tanto tempo pra eu entender e aceitar esse: “tudo bem se”!
Quantas vezes não temos a mania de criar outro “eu” dentro nós mesmos, um “eu” perfeito. Costumo chamá-lo de o “grande eu”.
     O grande eu veste 38, tem um noivo perfeito, um emprego invejável, é reconhecido, amado por todos.
    Não há nada de errado e acreditar em si mesmo. Isso é fundamental! Mas o grande problema é quando criamos uma meta inatingível encima de um “grande eu” que é perfeito, não erra, não chora, sempre toma a decisão certa e sempre vive em prol de uma meta inatingível de felicidade e perfeição.
 Mas a culpa não é nossa! Vivemos em uma sociedade que nos mostra esse modelo de “grande eu” em todo tempo.
    Vemos nos filmes, nas novelas, nas revistas, nas redes sociais, em toda parte. “Pessoas com corpos perfeitos, vidas perfeitas que não perdem o ônibus, não ficam sem dinheiro pra comprar aquele xampu bacana, não têm dinheiro pra comprar aqueles “alimentos saudáveis” que fazem tão bem para o corpo, não tem aquele príncipe encantado que faz aquele pedido de namoro com um caminho de pétalas de rosas espalhadas pelo chão.

     E quer saber? Sinceramente tudo bem se eu não nada disso que tanto me mostram. Eu serei melhor eu que conseguir ser. Um eu que erra, faz péssima escolhas, se emociona com propagandas de natal,chora, acha coisas bobas engraçadas, bebe cerveja barata, AMA BATATA FRITA, fala palavrão e vive cada momento. No fim das contas um grande dane-se ao grande eu!